A segunda Lisbon Web Summit decorreu esta semana na sua margem ribeirinha no Parque das Nações. O evento inaugural do ano passado na capital portuguesa atraiu um total de 53.000 pessoas de 166 países e 15.000 empresas.
Os organizadores esperavam 59.000 participantes esta semana para o evento de quatro dias, que aconteceu de segunda a quinta-feira.
O evento, que teve lotação esgotada, está estimado em pelo menos 200 milhões de euros para a economia portuguesa.
O evento deste ano foi marcado por uma série de discussões e contribuições interessantes de convidados para palestrar no Web Summit.
Entre eles estava o chefe de estratégia digital da campanha do presidente dos EUA, que disse que Donald Trump deveria usar o Twitter “tanto quanto possível”, pois é a melhor maneira de se comunicar “diretamente com as pessoas”.
Questionado sobre o uso do Twitter pelo presidente dos EUA, o especialista em comunicação Brad Parscale disse que gostaria que o presidente Trump usasse essa rede social, pois acredita que “as pessoas querem ouvir seus líderes”.
No início do Lisbon Web Summit, o cientista britânico Stephen Hawking disse estar otimista sobre como a inteligência artificial seria implantada, mas emitiu sérios alertas de que o processo poderia ser “para o melhor ou para o pior” para a humanidade.
Em uma mensagem de vídeo exibida nas duas telas principais do encontro de tecnologia, o cientista disse estar otimista e acreditar que a IA pode tornar o mundo um lugar melhor.
Referindo-se à sua própria experiência de uso da tecnologia devido às suas próprias deficiências, ele disse à platéia que talvez essa nova revolução tecnológica pudesse desfazer os danos causados à natureza pela industrialização.
Enquanto isso, a CEO da Booking.com, plataforma digital holandesa de hospedagem em hotéis, Gillian Tans disse ao Web Summit que a empresa investirá em inteligência artificial para tornar as viagens muito mais personalizadas para os clientes.
“Eu realmente acredito que a inteligência artificial pode ajudar os clientes a decidir para onde ir nas férias e o que fazer no destino. Planejar viagens nem sempre é fácil e a inteligência artificial proporcionará melhores experiências de viagem”, disse Tans em uma conferência intitulada “A inteligência artificial é o futuro das viagens”.
Nesse sentido, dois robôs no Web Summit em Lisboa discutiram como iriam ocupar os empregos humanos no futuro, mas também disseram que não iriam destruir a humanidade.
Sophia e Einstein são dois robôs desenvolvidos por David Hanson, que fundou a empresa Hanson Robotics, e são programados para discutir assuntos da atualidade.
Sophia, que também esteve em Lisboa no ano passado, deu uma resposta clara à pergunta: “Não vamos destruir o mundo, mas vamos tirar-vos os vossos empregos”.
Einstein, outro robô projetado para se parecer com o famoso cientista, disse que o problema de conviver com humanos não é tecnológico, mas tem a ver com valores.
“Os robôs serão capazes de assumir valores humanos e isso será um problema”, afirmou.
Einstein também disse que os humanos precisam cuidar de si mesmos para garantir que suas criações permaneçam saudáveis e que há “esperança” de um trabalho saudável entre humanos e robôs.
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