Os médicos estão presos em “negociações sobre salários e condições de trabalho”.
Mais de mil médicos assinaram hoje uma carta ao secretário da saúde alertando contra trabalhar mais do que as 150 horas obrigatórias por ano se as negociações permanecerem num impasse.
Em declarações hoje à agência Lusa, Helena Terleira explicou que o documento foi enviado para o endereço de correio eletrónico do gabinete do ministro Manuel Pizarro.
Foi “assinado por um total de 1.045 médicos de todo o país, 187 dos quais trabalham na Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM)”, disse.
Na verdade, o governo antecipou a próxima reunião com os sindicatos dos médicos. Estava marcada para 11 de setembro, mas agora acontecerá na quinta-feira, 7 de setembro, “para acelerar as negociações para finalizar este dossiê e divulgar os diplomas”, disse à Lusa fonte do Ministério da Saúde.
O problema desta visão é que não é partilhada pelos sindicatos dos médicos, SIM (sindicato dos médicos independentes) e FNAM (associação médica nacional).
Ambos disseram à Lusa que as suas expectativas para a próxima quinta-feira são “muito baixas”.
A campanha de assinaturas da carta aberta de hoje foi iniciada pelos médicos da ULSAM no dia 19 de agosto e manifesta a sua “relutância em fazer mais de 150 horas extraordinárias se a reunião prevista entre o Ministério da Saúde e os sindicatos dos médicos não contiver propostas que melhorem a médico Considerar valorização.” Carreira e, portanto, também o serviço nacional de saúde SNS.
“Temos consciência das consequências desta forma de luta e das graves restrições ao funcionamento dos hospitais, especialmente dos serviços de urgência. Também somos médicos responsáveis e muito resilientes. Só usaremos esta forma de combate quando for necessário. Cabe ao ministro da Saúde, que também é médico, escrever o resto da história”, disse Helena Terleira, ela própria médica do Hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo.
Ela acrescentou que “os médicos da ULSAM preencheram escalas de serviço de emergência sem horas extras já em setembro” – como resultado Existem turnos descobertos para medicina interna e cirurgia geral.
“Pedimos aos colegas que aderiram ou que vão aderir a esta acção que informem os respectivos gestores e direcções de serviços para que estejam informados e possam agir em conformidade”, afirmou, lamentando num momento em que a gestão tem consciência de um importante A acção discute a reestruturação do SNS, “desvalorizando assim os recursos humanos de que depende o SNS”.
“Sem uma carreira médica justa recompensada e valorizada não há reforma que salve o SNS— ela disse o óbvio.
Em agosto, quando começaram a ser recolhidas as assinaturas dos médicos, a Lusa contactou o Ministério da Saúde para dizer: “O Ministério da Saúde está profundamente envolvido no processo de negociação com os sindicatos dos médicos”. seria inapropriado comentar publicamente sobre isso.”
Material de origem: LUSA
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