De acordo com um relatório do Público, Roman Abramovich não foi o único oligarca russo a ter naturalizado português ao abrigo da lei sefardita. O jornal informou que Andrei Rappoport também obteve passaporte português. Com uma fortuna estimada em € 1,2 bilhão pela Forbes, o bilionário nascido na ex-república soviética da Ucrânia em 1963, liderou o Alfa-Bank entre 1992 e 1996.
No início dos anos 2000, mudou-se para a Yukos e começou a supervisionar a empresa estatal de energia da Rússia, tornando-se presidente do conselho da gigante Federal Network Company. Seis anos depois, assumiu a Energostroyinvest-Holding, que na época era a maior construtora da rede elétrica e geradora termelétrica da Rússia e que tinha importantes contratos com o FGC.
O Público alega que Andrei Rappoport obteve passaporte português em 30 de dezembro de 2019, um ano e meio antes de Abramovich ter sido concedida a cidadania portuguesa, também por despacho da então Ministra da Justiça, Anabela Pedroso. Todos são certificados como judeus sefarditas pela Comunidade Israelta do Porto (CIP).
Por sua vez, o oligarca russo e ex-vice-presidente do Congresso Judaico Mundial, Deus Nisanov, e o “rei diamante” Lev Leviev aguardam a naturalização portuguesa.
Mais recentemente, Blinken descreveu Nisanov como “um dos homens mais ricos da Europa” e um “colaborador próximo de várias autoridades russas”, tendo sido homenageado no Kremlin em julho de 2014 por Putin com a Ordem da Amizade. Em 26 de junho de 2020, requereu a naturalização portuguesa na Conservatória dos Registos Cenrais, após apresentação de certidão emitida pelo CIP comprovando a sua origem sefardita.
“Criador. Totalmente nerd de comida. Aspirante a entusiasta de mídia social. Especialista em Twitter. Guru de TV certificado. Propenso a ataques de apatia.”