O esclarecimento do Ministério da Saúde (MS) surge na sequência de notícias do Expresso que afirmam que estrangeiros estão a utilizar o SNS para aceder a tratamentos dispendiosos.
Segundo o Expresso, nos últimos meses têm-se registado casos repetidos de grávidas estrangeiras que não residem em Portugal que se deslocam aos hospitais e maternidades apenas para dar à luz.
“O fenómeno foi identificado pelo Serviço de Proteção de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e acabou nas mãos da Unidade Antiterrorismo do Departamento de Investigação Criminal (PJ), que, devido ao fim anunciado, tem mantido confidenciais os ficheiros relativos ao casos suspeitos de imigração”, o SEF“, escreve o jornal semanal.
O jornal afirma que médicos têm relatado casos de pacientes estrangeiros que utilizaram o SNS para aceder a tratamentos que de outra forma seriam caros no seu próprio país. Os serviços mais solicitados incluíram medicamentos antirretrovirais e terapia pré-exposição ao HIV (Preparação), medicamentos para diabetes ou doenças cardiovasculares.
Questionado pela Lusa sobre este assunto, o MS explicou que a utilização do SNS exige a atribuição do número de utente nacional, o que implica, entre outras coisas, a existência do chamado “terceiro ordenante”, situação que se aplica, por por exemplo, a situações de pessoas com permanência temporária em Portugal.
Segundo o ministério, estão inscritos no Cadastro Nacional de Utentes (RNU) 1.560.468 estrangeiros, dos quais 457.436 correspondem à chamada situação de “terceiro pagador”, que são os casos em que “os cidadãos têm acesso ao serviço público de saúde, mas neste.” A responsabilidade financeira pelas taxas resultantes desta disposição não cabe ao SNS.”
“O SNS desempenha um papel central na garantia do direito de acesso aos cuidados de saúde em Portugal, no quadro de um Estado-providência assente nos princípios da igualdade, da solidariedade e da gratuidade no momento da prestação, garantindo assim a prestação de cuidados de saúde atempados e seguros. serviços de saúde. “Saúde de confiança, independentemente do seu estatuto económico, social, geográfico e até legal, no caso dos imigrantes.”
O Ministério da Saúde acrescenta que o modelo organizacional do SNS é considerado um “serviço essencial para promover e proteger a saúde dos cidadãos e proteger a saúde pública” e inclui aspectos administrativos que fortalecem Portugal como um país solidário e inclusivo para todos.
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