Ministra da Saúde de Portugal, Marta Temido, demite-se após a morte de uma turista indiana grávida

A ministra da Saúde de Portugal, Marta Temido, demitiu-se na terça-feira, depois de terem surgido relatos de que uma turista indiana grávida tinha morrido enquanto era transferida entre hospitais. A razão para tal foi a decisão de Temido de encerrar temporariamente as urgências de obstetrícia.

Segundo uma reportagem da BBC, a mulher de 34 anos sofreu uma paragem cardíaca enquanto era transportada entre hospitais de Lisboa.

Temido disse numa frase que “já não tem as qualificações” para ocupar o cargo que o primeiro-ministro aceitou, informou a emissora pública portuguesa RTP News.

Numa nota publicada no site oficial do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa já tinha aceitado que aguardava o pedido de demissão da ministra da Saúde, Marta Temido, e a proposta de nomeação do seu sucessor.

“O Presidente da República foi informado pelo Primeiro-Ministro da intenção da Ministra da Saúde, Marta Temido, de renunciar ao cargo; “Ela aceitou essa intenção”, diz um texto no site da Presidência intitulado “Aviso sobre a intenção da Ministra da Saúde de renunciar ao cargo”.

Uma indiana grávida morreu no sábado, após ser transferida do Hospital de Santa Maria para o Hospital São Francisco Xavier, na terça-feira, por falta de vagas no serviço de neonatologia.

Durante a viagem ocorreu uma paragem cardíaca e foram realizadas medidas de reanimação no transporte, noticiou a RTP Notícias.

Segundo o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) do Hospital São Francisco Xavier, a grávida “foi submetida a cesariana de urgência e o recém-nascido, com 722 gramas, foi transferido para a unidade de cuidados intensivos neonatais por prematuridade”.

“A mãe deu entrada na unidade de cuidados intensivos e faleceu”, disse o CHULN, enviando “as mais profundas condolências à família”.

Entretanto, Marta Temido manter-se-á no cargo até à eleição do seu sucessor. O sucessor terá de ser confirmado em Conselho de Ministros, que está agendado para 15 de setembro. No entanto, a ideia pode ser antecipada.

Os secretários estaduais Antonio Lacerda Sales e Maria de Fátima Fonseca também deixam o Ministério da Saúde.

Marco Soares

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