O chefe de governo respondeu ao único deputado do Livre, Rui Tavares, em debate no parlamento sobre políticas públicas. O deputado do Livre perguntou a António Costa se podia garantir que, em caso de recessão em 2023, o Governo “mude a meta de quota dos salários no PIB [Gross Domestic Product]rever para cima e aumentar a parte salarial”.
Em resposta, Costa disse que “Portugal vai continuar a desenvolver-se. Pelo contrário, o cenário que temos é que Portugal continue a crescer, obviamente a um ritmo inferior ao de 2022, e que continuemos a convergir com a UE e esperamos que essa convergência ocorra também com convergência. os salários e, além disso, que o crescimento salarial continuará a sustentar o crescimento da economia portuguesa, como tem acontecido desde novembro de 2015”, sublinhou.
Crescimento sustentável
O primeiro-ministro afirmou que “de 2015 até hoje, o PIB nominal cresceu 20%” e que esta “tem sido a trajetória de crescimento sustentável do país”.
“Infelizmente, o crescimento não é linear e mesmo em 2020 e 2021 já ultrapassamos a participação de 48% dos salários no PIB, não porque os salários cresceram, mas porque o PIB despencou. E, portanto, essa não é a trajetória, a trajetória é o crescimento da participação da massa salarial no PIB no cenário de convergência com a União Europeia”, acrescentou.
Costa disse que o cenário foi apresentado “com toda a seriedade” no programa eleitoral e mantido no programa do Governo mas, sublinhou, “claramente tem de ser adaptado à realidade”.
“Explorador. Organizador. Entusiasta de mídia social sem remorso. Fanático por TV amigável. Amante de café.”