Um novo museu de arte contemporânea, com inauguração prevista para outubro em Lisboa, Portugal, apresentará arte de uma coleção anteriormente confiscada pelo Estado de um importante colecionador português. Notícias Artnet relatado na sexta.
A coleção do magnata dos negócios José “Joe” Berardo, conhecida como Coleção Berardo, foi confiscada pelo Estado português em 2019, depois de Berardo não ter pago mais de mil milhões de dólares em dívidas a três bancos portugueses. As obras foram dadas como garantia dos empréstimos bancários. Berardo foi preso em 2021 por alegada fraude, mas posteriormente foi libertado sob fiança.
A Coleção Berardo inclui mais de 900 obras de arte de Pablo Picasso, Joan Miró, Piet Mondrian, Gerhard Richter e Francis Bacon. Em 2006, foi avaliado em 316 milhões de euros (352 milhões de dólares) pela casa de leilões Christie’s.
Fará parte da apresentação de abertura do Museu de Arte Contemporânea/Centro Cultural de Belém, no dia 28 de outubro, dizem Centro Cultural de Belém (CCB). Também estão expostas a Coleção Ellipse, a Coleção Teixeira de Freitas e uma exposição individual da artista belga Berlinde de Bruyckere.
“É um momento muito importante de afirmação dos diversos valores do Centro Cultural de Belém, que permite o diálogo entre as artes visuais, a arquitetura e as artes performativas”, afirmou um porta-voz do museu. Artenet.
Com uma área superior a um milhão de metros quadrados, o CCB é o mais importante complexo artístico e cultural de Lisboa. Desde junho de 2007, o centro expositivo do complexo acolhe o Museu Coleção Berardo.
Contudo, a coleção Berardo não é a única a ser alvo de polémica. A Ellipse Collection foi montada pelo falecido banqueiro João Rendeiro, que faliu e fugiu do país em setembro de 2021. Quase exatamente um ano depois, ele foi preso na África do Sul e cometeu suicídio na prisão em dezembro.
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