O deputado do IL Rui Rocha disse: “Estamos a falar de uma coisa pontual, migalhas face ao que o esforço fiscal português tem pedido ao longo do ano”, disse o deputado em comunicado ao mandatário da Lusa.
Atendendo a que este apoio se insere num pacote que inclui também ações antecipadas para reformados e ações de redução do IVA na eletricidade, os liberais defendem que esta medida é o “triplo truque”.
“No caso de uma única entrega de 125 euros em outubro, o que entendemos é que ela devolve uma fração, uma migalha do que foi arrecadado em impostos durante aquele ano, um ano que teve arrecadações de impostos realmente extraordinárias. e que há um claro aumento de impostos, muito devido à inflação como a conhecemos, mas na verdade há uma arrecadação extraordinária de impostos”, explicou.
Para IL, “faria mais sentido reduzir impostos, ou seja, IRS” como o partido avançou no Orçamento do Estado para 2022 e que “permite às famílias fazerem as suas próprias escolhas”.
O dinheiro é do “povo”
“O que pensamos é que não adianta nenhum tipo de paternalismo nessa questão. O dinheiro é do povo, não do Estado, não de António Costa e por isso, se houver uma situação anormal de cobrança extraordinária de impostos, o que faz sentido é reduzir o IRS a partir do momento da entrada em vigor do OE2022”.
Questionado sobre as propostas liberais para o Orçamento de Estado de 2023, Rui Rocha antecipa que haverá “propostas de alívio fiscal, nomeadamente na taxa reduzida do IRS”.
“E teremos também medidas de desagravamento fiscal para as questões do IVA da energia e do IVA alimentar”, antecipa.
Na opinião de Rui Rocha, este tipo de apoios, como os 125 euros, fazem sentido para pessoas “com rendimentos muito baixos ou nulos”, à semelhança do que faz a Europa.
Apesar dos baixos salários médios em Portugal, o representante liberal disse que “uma pessoa que fatura 2.700 euros em Portugal, dadas as realidades portuguesas, não precisa de uma esmola de 125 euros”.
“O que eles precisam é que o Estado não lhes tire demasiado dinheiro ao longo do tempo na forma de impostos e que depois possam gerir a sua própria produção e fazer as suas escolhas de investimento, poupança e consumo”, disse.
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