PJ investiga causa do incêndio de Odemira

Presume-se que tenha começado num parque de merendas perto da aldeia de São Miguel

A Polícia Judiciária (PJ) de Portugal, principal órgão de investigação criminal do país, suspeita do incêndio florestal de Odemira, que dura há cinco dias, começando na área de piquenique.

A questão é se o incêndio veio de negligência ou comportamento malicioso.

Uma fonte disse à agência noticiosa Lusa que o incêndio “provavelmente começou num parque de merendas perto da vila de São Miguel”.

Segundo fontes da PJ, a investigação está a cargo do departamento de investigação criminal de Portimão.

A A equipa de investigação no terreno “ouviu as testemunhas e coletar informações sobre incêndios, à medida que ocorrem.”

Um incêndio de mato e pinhal deflagrou na tarde de sábado na zona de Baiona, freguesia de São Teotónio. Baiona e São Miguel estão literalmente a dois passos da sua fronteira terrestre com o Algarve.

O incêndio parece ter sido controlado hoje, tendo engolfado cerca de 8.400 acres de terra e propriedades.

O incêndio destruiu pelo menos duas casas, um empreendimento de turismo rural, várias dependências/automóveis/máquinas e inúmeras fábricas, confirmaram os autarcas de Odemira e Aljezur.

Os serviços de proteção civil também vão investigar ações durante o incêndio

Vítor Vaz Pinto, comandante regional dos serviços de proteção civil e emergência do Algarve “reconheceu a possibilidade de ter havido uma situação que não correu bem no combate aos incêndios (…) “, escreveu hoje a Lusa.

Quando perguntado sobre uma empresa de turismo rural que pegou fogo em São Teotónio“e o proprietário disse ter pedido ajuda sem que ninguém tivesse aparecido, Vitor Vaz Pinto disse ainda não ter informação para saber se aquilo correspondia ao que realmente se passava no terreno, mas garantiu que esta análise seria feita.

“Fui informado dessa notícia. Isto é notícia, não sei os detalhes do que aconteceu, mas vão perceber que, numa zona interessante como esta, que tem um perímetro de 50km, vão existir situações que podem não correr bem. Temos que avaliar o que aconteceu e depois veremos a veracidade ou não dessa afirmação”, afirmou.

Que image Luísa Botelho confrontada com os restos do seu negócio de turismo rural será um daqueles que sairão deste fogo que os telespectadores acharão difícil de esquecer.

Disse à Lusa: “Pedi à GNR e aos bombeiros para nos ajudar porque percebi que íamos arder. Tivemos que deixar o local por volta das 13h de uma segunda-feira e às 17h30 eu precisava urgentemente de notícias. Passei por montes e vales e vi que a casa principal ardia, e nem um bombeiro…”

Botelho ele disse ainda perguntou aos bombeiros que estavam por perto em três carros de bombeiros para ajudar, mas eles responderam que eles não têm ordens para fazê-lo.

Cerca de 80% do edifício TEIMA acabou por ser envolvido pelo fogo.

Luísa Botelho disse não perceber porque é que o seu imóvel não foi salvo quando a 500 metros da estrada os bombeiros protegiam outra unidade hoteleira.

Fonte do material: LUSA

Chico Braga

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