O presidente de AIMALuís Goes Pinheiro, disse à Lusa que o plano, dirigido aos imigrantes em Portugal cuja língua materna não é o português, define pela primeira vez um “guia que reúne os anseios de vários organismos públicos com competências na matéria”. .
“Hoje será apresentado publicamente e amanhã (sexta-feira) o primeiro plano estratégico de ensino e aprendizagem da língua portuguesa a estrangeiros irá para consulta pública. “Conseguimos mobilizar um grande conjunto de unidades da administração pública num documento que vincula todos os partidos para os próximos quatro anos e prevê uma revisão no prazo de dois anos”, explicou Goes Pinheiro.
“Mas acreditamos que é possível ir mais longe e por isso é importante que a consulta pública até 11 de março inclua contributos de quem possa contribuir para este importante objetivo de melhorar o conhecimento e domínio da língua portuguesa por parte dos estrangeiros”, disse. adicionado.
Nos últimos meses, a AIMA reuniu-se com oito dezenas de instituições, incluindo organizações públicas, associações de migrantes e refugiados e académicos, para discutir este plano.
Goes Pinheiro lembrou que a AIMA fez da legalização de documentos a principal prioridade do organismo criado em 29 de outubro após a dissolução do Serviço de Estrangeiros e Guarda de Fronteiras e do Alto Comissariado para as Migrações, mas que o ensino do português também foi considerado estratégico.
investimento
As iniciativas para ensinar português a estrangeiros “já existiam mas eram dispersas ou mal coordenadas”, disse o presidente da AIMA, acrescentando que “uma característica fundamental deste plano estratégico é claramente o investimento em ferramentas de comunicação e tecnologias de informação” para garantir a coerência do para garantir a formação.
Exemplo disso é a possibilidade de “autodiagnóstico dos utilizadores que queiram saber em que situação se encontram e quão bem conhecem a língua portuguesa”, com a possibilidade de “formação à distância” ou “certificação de conhecimentos através de ferramentas digitais” . sem a necessidade de assistir às aulas.
“É importante que as aulas saiam da sala de aula”, e é por isso que o plano prevê a aprendizagem “da língua em contexto de trabalho” ou mesmo “em contexto desportivo”, disse Goes Pinheiro.
Segundo o presidente da AIMA, o plano “está muito centrado nos migrantes que não participam no sistema educativo e precisam de incentivos e soluções para tornar a aprendizagem uma realidade”.
O documento, apresentado hoje pela ministra dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, pretende chegar a “todos cuja língua materna não seja o português”.
Crítico
“Sabemos muito bem que o domínio da língua é um elemento absolutamente crucial para a plena integração, como mostram todos os estudos internacionais”, disse Goes Pinheiro.
O ensino do português “é algo que os próprios portugueses exigem como condição absolutamente essencial para a integração de quem nos visita”, acrescentou o presidente da AIMA.
Sem se comprometer com fundos para investir no plano, Goes Pinheiro explicou que a AIMA “pretende atribuir um montante significativo de fundos ao plano”, mais do que no passado, mas tudo dependerá do que vier do período de discussão pública.
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