Portugal enfrenta mais uma vez a fúria de incêndios incontroláveis. O país lamenta a trágica perda de três corajosos bombeiros e quatro civis.
Estes incêndios devastadores consumiram grandes áreas nas regiões norte e centro, levando os serviços de emergência ao seu limite e deixando os residentes num estado de choque e medo.
Os esforços para conter os incêndios foram dificultados por ventos fortes e condições quentes e secas. Apesar dos corajosos esforços dos serviços de emergência, a perda de vidas lançou uma sombra negra sobre a operação.
Três bombeiros morreram em incêndios em Portugal
Os três bombeiros, cujas identidades ainda não foram divulgadas, estiveram entre as equipes que trabalharam incansavelmente para extinguir as chamas e evitar que o fogo se propagasse ainda mais.
Segundo os dados da Proteção Civil, existiam 172 incêndios ativos em Portugal continental até às 18h40 de hoje. Os serviços de emergência mobilizaram todos os recursos disponíveis, incluindo 6.200 bombeiros e 38 aeronaves, para controlar os incêndios.
Pessoas unem-se contra incêndios em Portugal
Voluntários, residentes e até turistas colaboraram para proteger casas e evacuar pessoas em perigo imediato. Os residentes das aldeias vizinhas foram aconselhados a permanecer vigilantes e muitos foram evacuados para áreas mais seguras.
Hugo Bastos, natural de Albergaria-a-Velha, afirmou: “Todos os residentes do centro da cidade tiveram de ser evacuados. A fumaça era tão densa que não conseguíamos ver nada e tivemos que usar máscaras para poder respirar.”
Estes incêndios estão a afectar não só vidas humanas, mas também a rica natureza de Portugal. Milhares de hectares de florestas já foram queimados, ameaçando a vida selvagem e os ecossistemas. As florestas nas regiões do norte de Portugal, em particular, foram duramente atingidas, com muitas áreas agora reduzidas a cinzas. Os esforços de reflorestação serão fundamentais nos próximos meses para restaurar o equilíbrio destes ecossistemas frágeis.
Onde estão a acontecer os incêndios em Portugal?
De acordo com as últimas atualizações do JN:
Um incêndio que deflagrou no domingo pelas 15 horas continua ativo no concelho de Oliveira de Azeméis. Até às 18h40 de hoje, as equipes de resgate ainda lutavam contra o incêndio.
Albergaria-a-Velha foi atingida por outro incêndio na madrugada desta segunda-feira, pelas 07h20, e foram feitos esforços ao longo do dia para controlar as chamas.
Dois incêndios ainda estão activos perto de Sever do Vouga. A primeira erupção ocorreu às 2h17 de domingo, seguida por outra às 15h do mesmo dia. Os bombeiros estão atualmente lidando com ambos os incidentes.
A situação continua grave no distrito de Viseu, registando-se vários incêndios. Um incêndio ardeu durante todo o dia em Nelas e deflagrou pelas 11h53 de segunda-feira. Entretanto, Castro Daire registou um incêndio às 21h30 da noite de segunda-feira e outro incêndio, deflagrado às 00h15 de segunda-feira, continua a arder em Penalva do Castelo.
O distrito de Coimbra também luta contra incêndios, nomeadamente em Arganil e Tábua. O incêndio em Tábua, que deflagrou às 10h39, e o incêndio em Arganil, que deflagrou uma hora depois, continuam em curso.
Mais a norte, no distrito do Porto, continua a ser combatido um incêndio que deflagrou em Gondomar pelas 13h00 de segunda-feira. Está também em curso outro incêndio em Paredes, que começou pelas 05h20 de hoje.
Além disso, um incêndio que começou pelas 7h36 de segunda-feira continua ativo em Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real.
Mudanças climáticas e incêndios florestais
A frequência crescente de incêndios florestais em Portugal tem sido associada aos efeitos das alterações climáticas, com períodos mais longos de seca e calor intenso criando condições ideais para o início e a propagação dos incêndios.
As autoridades locais fornecem atualizações regulares. Recomenda-se seguir as instruções de evacuação e evitar viajar para áreas afetadas.
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