LISBOA (Reuters) – A holding estatal portuguesa Parpublica contratou a Ernst & Young e o banco português Banco Finantia para avaliar a companhia aérea estatal TAP antes de sua privatização, informou a empresa nesta terça-feira.
A TAP está atualmente passando por uma reestruturação sob um plano de resgate de € 3,2 bilhões (US$ 3,49 bilhões) aprovado em Bruxelas. O governo quer iniciar a venda ainda neste mês, mas quer manter uma participação estratégica.
A Parpublica refere em comunicado que “encomendei à Ernst & Young e ao Banco Finantia a realização das avaliações no âmbito do processo de privatização da TAP” sem adiantar mais informações, nomeadamente quando prevê a sua conclusão.
Até agora, pelo menos três grandes companhias aéreas globais – IAG, Lufthansa e Air France-KLM – demonstraram interesse na companhia aérea, que pode começar a privatização neste mês.
O ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse no mês passado que preservar o hub do aeroporto de Lisboa e manter o papel estratégico da TAP para Portugal eram condições mais importantes para a próxima privatização da companhia aérea do que o preço de venda.
A privatização pode começar
A TAP é crucial para Portugal, sobretudo porque traz para o país a maior parte dos viajantes aéreos através do hub de Lisboa, suportando o atual boom do turismo, como o governo vem reiterando.
O prejuízo líquido da TAP no primeiro trimestre caiu para mais da metade, para € 57,4 milhões, com o número de passageiros superando os níveis pré-pandemia.
(US$ 1 = 0,9173 euros)
(Reportagem de Sergio Gonçalves; Edição de David Latona e Emelia Sithole-Matarise)
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