Portugal estendeu a isenção de IVA sobre uma série de alimentos “essenciais” até ao final do ano, custando ao governo 140 milhões de euros (149,8 milhões de dólares).
Introduzida pela primeira vez em abril por seis meses, a isenção fiscal aplica-se a 46 alimentos essenciais, desde frutas e vegetais a carne, peixe, laticínios e pão, anunciou ontem (7 de setembro) a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, após aprovar a prorrogação do IVA anunciada pelo Governo. Conselho de Ministros.
Num comunicado, o governo afirmou que o período inicial de IVA zero, de 17 de abril a 28 de agosto, fez com que os preços ao consumidor caíssem quase 10%.
Da Silva disse ontem numa conferência de imprensa que a medida do IVA foi um “sucesso” e “resultou numa redução efectiva e proporcional dos preços do cabaz vital de alimentos saudáveis”, acrescentando que a Autoridade Económica e de Segurança Alimentar Portuguesa (ASAE ) anunciou a avaliação.
Ela apontou para a queda da inflação alimentar em Portugal de 8,6% para 7,3% em Agosto, mais de metade do ritmo dos 15,4% antes da introdução do IVA zero em Abril. No entanto, Da Silva disse que a taxa de inflação “ainda é superior à nossa meta de médio prazo”, razão pela qual foi decidido prolongar a janela fiscal até ao final do ano.
“O IVA zero surgiu na sequência de um pacto tripartido entre o governo e o sector da produção e distribuição alimentar para combater o impacto da inflação nos rendimentos familiares”, refere o comunicado.
“Os 46 produtos que compõem a lista foram selecionados tendo em conta o cabaz alimentar saudável do Ministério da Saúde e dados das empresas distribuidoras sobre os produtos mais consumidos pelos portugueses”.
Outro país europeu, a França, também tomou medidas para combater os elevados custos dos alimentos, acordando no mês passado com os produtores o congelamento ou a redução dos preços de uma série de produtos, incluindo produtos de mercearia.
A Hungria também iniciou um programa de limite de preços no ano passado, antes de esta medida terminar em Agosto. Foi substituído em junho por um sistema alternativo que aumentou de 10% para 15% o chamado desconto obrigatório sobre uma cesta de 20 mantimentos.
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