LISBOA, 21 Mai (Reuters) – A varejista portuguesa Jeronimo Martins suspendeu seu plano de investimento de 750 milhões de euros (821 milhões de dólares) para 2020, mas continua em uma posição sólida para capitalizar quaisquer oportunidades que possam surgir com a crise do coronavírus, disse seu CEO na terça-feira quinta-feira.
Os planos de investimento de capital da empresa incluem a expansão de sua rede existente na Polônia, Portugal e Colômbia, além de explorar a expansão para outros países como a Romênia, escreveu o CEO Pedro Soares Santos em uma resposta por e-mail a perguntas da Reuters.
Esses planos foram temporariamente suspensos, mas os investimentos que a empresa fez e está implementando vão continuar, disse dos Santos, embora não especifique quantas unidades abrirão este ano.
“Felizmente, esta crise nos deixou com uma situação financeira sólida, após mais um ano de bons resultados em 2019, o que nos dá flexibilidade para atuar em todas as oportunidades que possam surgir neste momento”, disse.
As vendas aumentaram 11% para 4,7 mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2020 face ao mesmo período do ano passado, com a filial polaca Biedronka a liderar com um aumento de 12,3% nas vendas para 3,3 mil milhões de euros.
Em contrapartida, o supermercado português Pingo Doce seguiu o exemplo com um aumento de 3,5% nas vendas para 936 milhões.
“Pelo comportamento dos consumidores em Portugal desde o início da pandemia, podemos constatar que as dificuldades económicas começam a afetar muitas famílias”, disse, acrescentando que as medidas de distanciamento social também afetaram as vendas do Pingo Doce.
Portugal, que confirmou 29.912 novos casos de coronavírus e 1.277 mortes, deve ter um impacto de 6,8% em seu PIB em 2020, segundo previsões da Comissão Europeia.
A economia da Polônia deve contrair de 4% a 5%, com o país registrando um número menor de 19.268 casos e 948 mortes até agora. ($ 1 = 0,9136 euros) (Reportagem de Patricia Rua, Redação de Victoria Waldersee, edição de Andrei Khalip)
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