“Por que isso não é chantagem?”, disse Scott Randolph, o cobrador de impostos de Orange County. “Por que uma empresa iria querer investir na Flórida quando todas as regras podem mudar em 72 horas? Para mim, isso envia uma mensagem assustadora sobre o ambiente de negócios na Flórida.”

Randy Fine, o legislador republicano que patrocinou o projeto de lei que encerra os privilégios especiais de autogoverno da Disney, disse que sob o acordo a empresa tem o direito de confiscar propriedades privadas, construir uma usina nuclear e ignorar os regulamentos de zoneamento e segurança. O verdadeiro problema para a Disney, disse ele, é “controle – isso não é realmente sobre dinheiro”.

Como ficou cada vez mais claro nesta semana que a medida entraria em vigor, alguns floridianos expressaram crescentes preocupações sobre as implicações fiscais, embora ainda não esteja certo o que isso será em última análise.

Enquanto a nova lei supostamente retira da Disney grandes vantagens, como a emissão de suas próprias licenças de construção, os democratas alertam que deixa os condados de Orange e Osceola, no centro da Flórida, com cerca de US$ 163 milhões em impostos anuais. Outros, incluindo Randolph, alertaram que os proprietários locais podem ver aumentos significativos nos impostos sobre a propriedade.

A Disney pagou impostos a si mesma e usou o dinheiro para pagar coisas como a polícia e os bombeiros. Agora Orange County diz que deve absorver o custo dos serviços de parques temáticos municipais que a Disney pagou por meio de Reedy Creek, o distrito fiscal especial que os legisladores eliminaram.

“É óbvio que há retaliação política em jogo aqui”, disse o prefeito de Orange County, Jerry Demings, a repórteres. “Estamos tentando entender o que os legisladores estão tentando fazer neste caso, mas acredito que eles não consideraram adequadamente as implicações do que estavam propondo na época”.

De sua parte, DeSantis insistiu que a Disney “pagaria mais impostos” e afirmou que “pensamos em tudo”.