Seca leva Portugal a encomendar barragens hidroelétricas para limitar o uso da água

Baixos níveis de água são observados no reservatório da barragem do Funcho, no sul de Portugal, em 3 de março de 2012. REUTERS/Jose Manuel Ribeiro

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LISBOA (Reuters) – Enfrentando uma preocupante seca de inverno, o governo de Portugal ordenou nesta terça-feira que algumas hidrelétricas do país limitem temporariamente o uso de água para produção de eletricidade e irrigação, priorizando o consumo humano.

O Instituto Meteorológico Português (IPMA) disse que a seca, que começou em novembro de 2021, agravou-se, com 54% do país a passar por seca moderada, 34% em seca severa e 11% em seca extrema.

Existem cerca de 60 barragens hidroelétricas portuguesas, que geram 30% da eletricidade consumida anualmente no país, segundo a Associação Portuguesa de Energias Renováveis.

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Para já, apenas cinco barragens no centro de Portugal tiveram que encerrar quase completamente a produção de eletricidade, e uma barragem na região sul do Algarve, uma das zonas mais atingidas pela seca, teve que deixar de usar água para irrigação.

O ministro do Meio Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, disse em entrevista coletiva que outra barragem tinha água suficiente para cobrir as restrições.

“A situação da seca é preocupante”, disse ele. “Se a previsão ficar mais sombria, teremos que ir além dessas medidas.”

O IPMA disse que as condições de tempo seco devem continuar em fevereiro.

Matos Fernandes disse que foram criadas regras para garantir o abastecimento de água potável durante pelo menos dois anos se “não houver uma gota de chuva” em Portugal. Os agricultores levantaram preocupações, dizendo que a seca pode afetar “severamente” suas colheitas e gado.

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Reportagem de Catarina Demony; Reportagem adicional de Sérgio Gonçalves; Editado por Paulo Simão

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Fernão Teixeira

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