Os três homens são acusados dos crimes de fraude informática e facilitação de comunicações, posse e venda de dispositivos ilegais e facilitação de acesso ilegal.
Nas primeiras declarações perante o tribunal, os arguidos negaram, contrariando a acusação do Ministério Público (MP).
“Foi uma brincadeira. Fizemos, mas não foi para ganhar dinheiro. Ele não pediu dinheiro”, disse um dos arguidos, que afirmou ainda que o número de utilizadores era inferior ao indicado na acusação.
Outro arguido admitiu que houve “uma ou duas pessoas que deram dinheiro para ajudar nas despesas”, e embora soubesse que este comportamento era ilegal, disse que como era coisa de amigo era, “pensou que não havia stress”.
O terceiro arguido, técnico informático, afirmou ainda que “não ganhou nada com isso”, acrescentando que “ajudou uma pessoa” a aderir ao serviço.
O sistema foi descoberto em junho de 2019 durante uma operação da Polícia Judiciária (PJ).
Na ocasião, a PFY disse que mais de uma centena de clientes acessaram ilegalmente o sinal de televisão protegido no momento da ação policial sem que as operadoras nacionais recebessem o dinheiro que deviam.
Segundo as investigações, os arguidos exigiam uma quantia mensal de cinco euros ou uma quantia de 75 euros por ano para os canais desportivos pagos.
Os arguidos ofereceram ainda a compra de “power boxes”, recetores que podem receber conteúdos de sinais de TV protegidos através do sistema criado, a preços entre os 80 e os 230 euros.
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