Nas imagens captadas ao início desta tarde, pode ver-se o vento a levantar e a recolher vários objetos.

Afonso Reis Cabral, tataraneto de Eça de Queirós, também comenta com surpresa o que está a ver.

Nos comentários, os seguidores da escritora estão chocados, “que assustador”, escreve um deles.

Os concelhos de Alcântara e Alvalade foram hoje os mais atingidos em Lisboa devido ao mau tempo.

A Defesa Civil de Lisboa registou 89 ocorrências entre as 13h00 e as 15h00 de hoje devido ao mau tempo, afetando principalmente os concelhos de Alvalade e Alcântara, com várias cheias, árvores danificadas e viaturas.

Em declarações à agência Lusa, por volta das 17h20, a diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, Margarida Castro Martins, disse que os concelhos mais afetados foram os de Alvalade e Alcântara, com 18 e 12 ocorrências respetivamente durante aqueles dois horas.

Tipologicamente, acrescentou, os fortes ventos e a chuva provocaram sobretudo inundações em espaços públicos e privados, “inúmeras árvores caídas” e “muitas viaturas danificadas”.

A cobertura do armazém do Banco Alimentar Contra a Fome, na Avenida de Ceuta, em Alcântara, também ficou danificada, tendo parte da cobertura projectado para a linha do comboio, disse.

Tornado de baixa intensidade

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a zona de Alcântara foi atingida por “um tornado de baixa intensidade”.

Patrícia Marques, meteorologista de plantão, explicou à Lusa tratar-se de “uma supercélula que passou com muita atividade, fazendo um movimento giratório que terá resultado numa imagem tipo funil”.

O “fenómeno do vento extremo” foi detetado pelos dados do radar do IPMA e teve “vida curta”.