Tripulação da companhia aérea nacional de Portugal vota a favor das greves – EURACTIV.com

Os membros do Sindicato Nacional dos Tripulantes de Aviação Civil (SNPVAC) de Portugal rejeitaram a proposta da TAP em assembleia geral esta quinta-feira e decidiram manter o aviso de greve entre 25 e 31 de janeiro, segundo fonte oficial.

Os membros da tripulação recusou A proposta da TAP pela segunda vez, que cumpriu apenas 12 das 14 exigências do SNPVAC para evitar mais uma greve de sete dias, depois de uma greve de dois dias em dezembro, teve um impacto de cerca de 8 milhões de euros na companhia aérea.

Segundo a mesma fonte, 857 associados votaram contra a proposta da TAP, 29 a favor e nove abstiveram-se.

Falando aos jornalistas num hotel de Lisboa em declarações transmitidas pela SIC e RTP, o dirigente sindical Ricardo Penarróias destacou a insatisfação dos tripulantes de cabina com a gestão da TAP.

Mais cedo, o dirigente sindical manteve um encontro com o ministro das Infraestruturas, João Galamba, que, em nota enviada pelo seu gabinete, manifestou a sua “convicção” de que a Assembleia Geral do SNPVAC “dá um passo decisivo para a melhoria da situação dos trabalhadores e trabalhadores”. companhia aérea, o que nos ajudou a evitar uma greve de sete dias que prejudicaria seriamente a empresa.”

“Vamos discutir o documento, ouvir as opiniões de todos os sócios e no final os sócios vão tomar a decisão”, sublinhou Ricardo Penarróias.

Segundo o sindicalista, no encontro com o Governo, João Galamba “reafirmou a sua confiança e apoio à proposta da TAP”.

“Foi uma conversa construtiva, informal, que sensibilizou para a importância do momento, para o impacto que uma greve pode ter na saúde financeira da empresa. Somos sempre sensíveis a isso”, disse o presidente do SNPVAC.

Questionado sobre as diferenças entre a proposta de hoje e a anterior, Penarróias disse tratar-se de “questões muito técnicas” como o regresso de mais um tripulante em voos transatlânticos superiores a seis horas realizados com quatro tripulantes.

Para o sindicato, a falta de um tripulante extra nestes voos é “questionável” em termos de segurança e “abusivo” em termos de condições de trabalho.

Penarróias destacou ainda que a indemnização de 500 mil euros paga à ex-administradora Alexandra Reis também contribuiu para agravar a insatisfação dos tripulantes e demais colaboradores da TAP, o que poderá afetar o resultado da Assembleia Geral Ordinária de hoje.

A TAP está a negociar novos acordos de lojas com os sindicatos, ao mesmo tempo que avança num plano de reestruturação que inclui cortes salariais.

(Maria João Pereira | Lusa.pt)

Marco Soares

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