GOMA, República Democrática do Congo, 1º de janeiro (Reuters) – Pelo menos 17 pessoas foram encontradas mortas a golpes de faca no leste da República Democrática do Congo, devastada por ataques de militantes islâmicos, disse uma autoridade local nesta sexta-feira.
Donat Kibwana, administrador da região de Beni, atribuiu as mortes perto da cidade de Eringeti às Forças Democráticas Aliadas (ADF), um grupo islâmico armado de Uganda que emergiu nos últimos anos como a milícia mais letal na fronteira leste do Congo.
“Ontem de manhã, soldados congoleses estavam em patrulha quando encontraram 17 corpos”, disse Kibwana à Reuters. “O modus operandi nos permite dizer que os rebeldes do ADF são os responsáveis.”
Mais de 1.000 civis morreram em ataques atribuídos ao ADF em 2019 e 2020, segundo dados da ONU.
A fronteira oriental do Congo com Uganda, Ruanda e Burundi foi atingida por ataques de milícias, muitas das quais remanescentes de grupos que lutaram na guerra civil do Congo na virada do século.
O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade por muitos ataques suspeitos do ADF no passado, embora especialistas da ONU tenham dito esta semana que não puderam confirmar uma ligação direta entre os dois grupos.
Reportagem de Fiston Mahamba Roteiro de Aaron Ross Edição de Peter Graff
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