O anúncio foi feito pelo coordenador dos Serviços Partilhados do Ministério de Saúde – unidade SNS 24, João Oliveira, que explicou que a linha de aconselhamento psicológico “é um dos serviços que mais tem crescido no SNS24 em termos percentuais”.
“A linha de aconselhamento psicológico foi criada num contexto muito específico e de grande pressão, sobretudo dos profissionais de saúde, e é uma linha que se mantém devido à maior procura”, afirmou a coordenadora.
Até à data, a linha atendeu mais de 257.000 chamadas, a maioria de pacientes, mas também algumas de profissionais de saúde. Este serviço surgiu devido a preocupações com o impacto da pandemia na saúde mental.
Esta linha SNS24 está disponível todos os dias do ano e é supervisionada por psicólogos clínicos. “O serviço será reforçado, melhorado e ampliado no seu âmbito, juntamente com a resposta do Estado no domínio da saúde mental”, anunciou João Oliveira.
“Durante a pandemia, concentrámo-nos no impacto que ela tem sobre nós em termos de saúde mental. Porém, neste período pós-pandemia, temos conseguido recolher mais informação, a situação não é tão boa”, lamentou, apontando para casos de solidão, medo e também a “pressão que as pessoas têm no seu dia a dia”.
Esta linha está adaptada às novas exigências com o Ordem dos Psicólogos Portuguesesque “foi um parceiro importante neste serviço”, enfatizou João Oliveira.
“Estamos a estudar os dados em conjunto com a Ordem dos Psicólogos Portugueses e temos clareza se em determinadas situações devemos monitorizar o estado do indivíduo não apenas uma vez, mas continuamente”, disse.
programa de monitoramento
Apesar de o serviço já contar com algumas consultas de acompanhamento a doentes com problemas de saúde mental de alto risco realizadas por psicólogos, o objetivo é “promover e reforçar ainda mais o programa de acompanhamento”.
“As chamadas para o SNS 24 não têm limite de tempo, mas o mais importante é que os doentes sintam que há alguém do outro lado da linha para os ajudar porque todos os serviços estão interligados”.
“Este tipo de resposta não pode ser pontual, deve haver um acompanhamento contínuo, sobretudo para não sobrecarregar os serviços de urgência, muitas vezes acionados por motivos de saúde mental”, afirmou João Oliveira.
Em situações de emergência em que os psicólogos identificam perigo para pacientes e terceiros, a chamada é encaminhada INEMpara garantir que as medidas de resposta apropriadas sejam ativadas.
O serviço de aconselhamento psicológico está integrado na linha telefónica SNS 24 e tem como objetivo prestar apoio em diversas situações, como ansiedade aguda, fragilidade mental e doença mental.
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