No ano passado, o setor do alojamento e restauração perdeu mais de 76 mil trabalhadores, segundo a Associação Portuguesa de Hotelaria e Restauração (AHRESP), citando dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). A associação disse que o setor perdeu cerca de um quarto de sua força de trabalho em 2019.
De acordo com um relatório do ECO, até 2021, o canal HORECA contava com 244.400 trabalhadores, dos quais 65.900 trabalhavam em alojamento turístico e 178.500 em restauração e afins, disse o AHRSP. Esses números se traduzem em quedas acentuadas em relação a 2019: 76.300 trabalhadores a menos em dois anos, com 16.100 perdendo acomodações e 60.200 em restaurantes.
“As atividades de alojamento e restauração perderam cerca de um quarto da força de trabalho que tinham em 2019. Apesar de, no verão de 2021, as nossas empresas começarem lentamente a retomar as suas atividades, esta lenta recuperação não é paralela no emprego, com o setor continuando a perder trabalho”, disse a associação.
Nova política necessária
Entre 2020 e 2021, 47.600 trabalhadores foram perdidos. “Dado que a perda desta proporção é muito maior do que a de qualquer outra atividade económica, urge reforçar as políticas de apoio à manutenção do emprego e à contratação de novos postos de trabalho no setor do turismo, devendo também ser verificada a redução da carga fiscal associada ao emprego. considerado”, defendeu a AHRSP.
A associação disse ser “prioridade” envidar esforços para tornar o alojamento e a restauração “mais atrativos para os indivíduos que procuram trabalho, permitindo às empresas recuperar os trabalhadores que foram transferidos para outras atividades” durante a pandemia.
Há vários meses, o setor vem sendo alertado sobre a escassez de mão de obra, principalmente após a pandemia que trouxe muitos trabalhadores para outras áreas. A hotelaria, por exemplo, estima que sejam perdidos cerca de 15 mil trabalhadores para cobrir todas as necessidades, argumentando que a solução é contratar trabalhadores estrangeiros.
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