Portugal aprecia as aspirações europeias da Ucrânia e não impedirá de forma alguma os processos de apoio a esse país, disse na quinta-feira o presidente do Parlamento, Augusto Santos Silva.
Santos Silva transmitiu esta nota no discurso de encerramento da sessão parlamentar com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, que participou por videoconferência.
O Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa e o Primeiro-Ministro António Costa estiveram presentes na reunião.
Santos Silva sublinhou que Portugal, como Estado membro da UE e da NATO, “procura sempre manter a unidade que é essencial para as decisões práticas e nunca entrava, mas sim favorece os processos decisórios em curso que apoiam cada vez mais o seu país”.
“Agradecemos as aspirações europeias da Ucrânia e defendemos o reforço da cooperação no âmbito do Acordo de Associação existente e a consideração oportuna e cuidadosa das instituições europeias do pedido apresentado pela Ucrânia”, sublinhou o orador.
Santos Silva sublinhou que o pedido de adesão da Ucrânia à UE está a ser “cuidadosamente analisado” pelo primeiro-ministro português.
Santos Silva iniciou o seu discurso afirmando que “Portugal condenou desde o início a agressão militar da Federação Russa contra a Ucrânia”.
Continuou que Portugal “não se limitou a condenar o agressor e a mostrar solidariedade com a vítima” e “combinou as suas ações com as suas palavras”.
O orador salientou: “Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro afirmou que Portugal acolheria sem restrições todos os cidadãos ucranianos que necessitem de protecção humanitária”, salientando que mais de 31 mil ucranianos foram recebidos em Portugal, incluindo 2.500 crianças ucranianas que frequentam as escolas do país .
“Não somos ingênuos: para retornar à paz que permite e estimula o desenvolvimento dos laços culturais, devemos conquistar a paz. E para ganhar a paz, devemos nos opor à agressão e forçar o agressor a parar a agressão, engajando-se em um sério processo de negociação que leve à paz”, acrescentou o presidente do parlamento.
Falando também em nome de Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, o orador transmitiu a Zelenskyi a seguinte mensagem: “A luta pela liberdade do vosso país é a luta pela liberdade de toda a Europa”.
“E nesta luta pela liberdade, o Portugal democrático nunca falhou, não falhou e não falhará”, acrescentou num discurso que foi aplaudido de pé.
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