Associação pede encerramento do aeroporto de Lisboa

“A Zero espera que, na sequência da avaliação ambiental estratégica em curso, se inicie a contagem decrescente para o encerramento urgente e definitivo do Aeroporto Humberto Delgado, pondo assim fim de uma vez por todas aos custos sociais proibitivos”, refere a associação em comunicado.

Segundo a organização não governamental (ONG), estes custos “financiariam pelo menos dois novos aeroportos num local adequado e com o menor impacto possível na saúde humana”.

“Os custos aproximados incorridos neste período de 7 anos e 10 meses ascendem a mais de 8.750 milhões de euros a preços correntes, o que significa que, excluindo os anos de pandemia em que as operações aeroportuárias foram atípicas, enfrentamos uma perda de cerca de 1.300” milhões de euros. por ano, o que corresponde a mais de 3,5 milhões de euros por dia.”

A estimativa publicada pela Zero para as 24 horas completas do dia foi criada através de um contador no seu site (https://zero.ong/), que mostra em tempo real os danos cumulativos causados ​​pela exposição crónica ao ruído às pessoas desde 2015. quando o aeroporto deveria ter encerrado, de acordo com o parecer da Comissão de Avaliação Ambiental sobre o plano de desenvolvimento desta infra-estrutura a partir de 2006.

Segundo a ONG, 380 mil residentes de Lisboa, Loures e Almada são afetados pelo ruído excessivo.

“A exposição prolongada ao ruído das aeronaves nas zonas afetadas da Grande Lisboa tem diversas consequências adversas para a saúde, incluindo perturbações do sono que afetam a qualidade e a quantidade de descanso necessárias ao funcionamento saudável do organismo”, nota a Zero.

Também aumenta os níveis de estresse e contribui para problemas cardiovasculares, como hipertensão e doenças cardíacas. Além disso, é prejudicial à saúde mental, podendo levar a transtornos de ansiedade e depressão.

“(…) Imóveis próximos ao aeroporto ou abaixo da rota do voo geralmente apresentam preços mais baixos em comparação com outros pontos da cidade. Esta subavaliação dos ativos imobiliários terá custado 167 milhões de euros em 2019.”

Marco Soares

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