A “comissão de acompanhamento” criada para “responder à crise nos serviços de urgência obstétrica e ginecológica” encontra-se esta manhã com a ministra da Saúde, Marta Temido, entre um número crescente de críticos que dizem que podem não estar à altura da tarefa.
Segundo a Lusa, o encontro com as autoridades regionais de saúde surge no momento em que os serviços obstétricos e ginecológicos falidos estão a dar sinais positivos.
Os serviços em Portimão, por exemplo – encerrados há quase uma semana – deverão reabrir, tal como os de Braga.
Também Setúbal, onde a falta de anestesiologistas levou a limitações tanto na obstetrícia quanto na cirurgia do trauma, deve voltar a um contexto mais operacional – embora não haja ilusões, o serviço de saúde está oscilando com a escassez crônica de pessoal, e muitos diriam que falta da Organização coerente.
Em declarações à Lusa antes do início do encontro, o coordenador nacional da nova comissão, Diogo Ayres de Campos – especialista que acredita firmemente que a obstetrícia precisa de ser repensada em Portugal – disse que o foco está em encontrar uma fórmula para “criar mais coordenação” entre hospitais quando as maternidades e/ou maternidades estiverem fechadas.
É Chefe de Obstetrícia do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (CHULN) e Presidente do Associação Europeia de Medicina Perinataldestacou Ayres de Campos “alta prioridade” é “Encontrar soluções para o verão”. Mas a Comissão tratará disso “Problemas agudos”vai ter que “Pegue os problemas mais estruturais” “E tente mudar alguma coisa aí, porque senão você fica fácil reagir e não planejar“.
Como o comentador de TV Luís Marques Mendes comentou no seu horário habitual de domingo no noticiário da SIC, a ministra ou está a transformar os cuidados de saúde ou vai ser “transformada” (ou seja, ficará desempregada).
natasha.donn@portugalresident.com
“Criador. Totalmente nerd de comida. Aspirante a entusiasta de mídia social. Especialista em Twitter. Guru de TV certificado. Propenso a ataques de apatia.”