IBM quer colocar Portugal no “mapa da computação quântica”

Em entrevista exclusiva com ambiente, presidente da IBM Portugal, disse que o Quantum Innovation Center terá uma “ligação neural” ao centro de computação quântica do grupo em Poughkeepsie (EUA). Ricardo Martinho espera que este projeto ajude Portugal a dar passos nesta nova tecnologia, para se tornar mais competitivo.

“Quero abrir este ano um Centro de Inovação Quântica em Portugal”, disse o gestor português em entrevista ao ECO. O plano é “criar, não só para as instituições de ensino, mas também para o ecossistema empresarial, condições-chave para que comecem a entrar em contacto com a computação quântica e a experimentar casos de utilização que possam fazer a diferença”, explicou.

Segundo Ricardo Martinho, a IBM ainda está “à procura da melhor forma” de concretizar este projecto. “Vou iniciar minhas conversas com o governo, que é o fundamental aqui. O negócio está feito. Há interesse e investimento. Estamos também a iniciar conversações com instituições de ensino relevantes que podem fazer a diferença”, sublinha o presidente da IBM Portugal.

O líder da unidade da IBM em Portugal explicou que um centro com estas características “só funciona se for uma rede completa”, envolvendo o Governo, administrações locais e universidades, com a mesma visão de colocar Portugal no mapa da computação quântica. “Isso deveria estar ligado a uma série de instituições de ensino, que normalmente gerem os centros”, acrescentou.

“Agora é preciso haver vontade e os primeiros passos devem ser dados. O primeiro passo a ser dado em 2023: abriremos este Centro de Inovação Quântica em 2023 sim ou sim? O que espero é que isto seja amplamente aceite e se torne um objectivo comum. Isso não tem nada a ver com a IBM. Isto é mais do que ser IBM”, sublinhou Ricardo Martinho.

O gestor não revelou quanto a IBM Portugal está a investir no centro, nem onde ficará localizado. Relativamente aos recursos humanos, disse apenas que seria necessário “contratar muita gente”, embora a IBM também conte com ligações a universidades e empresas para que “dediquem recursos a esta iniciativa”.

Chico Braga

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