Irã ordena paralisação de 10 dias em meio à quarta onda da pandemia de coronavírus

10 Abr (Reuters) – O Irã impôs um bloqueio de 10 dias na maior parte do país neste sábado para conter a propagação de uma quarta onda da pandemia de coronavírus, informou a mídia estatal.

O bloqueio afeta 23 das 31 províncias do país, disse o porta-voz do Ministério da Saúde, Alireza Raisi. Lojas, escolas, teatros e instalações esportivas tiveram que fechar e as reuniões estão proibidas durante o mês de jejum do Ramadã, que começa na quarta-feira.

Segundo o Ministério da Saúde, o número de casos de coronavírus no Irã ultrapassou a marca de 2 milhões na semana passada, com uma nova média diária de mais de 20.000 infecções. Mais de 64.000 mortes foram relatadas.

“Infelizmente, hoje entramos em uma quarta onda”, disse o presidente Hassan Rouhani em um discurso televisionado. Ele culpou em grande parte o aumento da variante que apareceu pela primeira vez no Reino Unido e se espalhou do vizinho Iraque para o Irã no início deste ano.

Outros fatores incluem viagens generalizadas, casamentos e celebrações durante o feriado do Ano Novo Lunar do Irã, que começou em 20 de março, disse ele.

A variante britânica agora é dominante no país e 257 cidades e vilas estão em alerta, disse Raisi.

O Irã foi o epicentro da pandemia no Oriente Médio. Em fevereiro, várias passagens de fronteira com o Iraque foram fechadas para conter a propagação da variante britânica.

A campanha de vacinação do país também avança lentamente.

Teerã diz ter recebido mais de 400.000 dos dois milhões de vacinas Sputnik-V encomendadas da Rússia e está aguardando a entrega de 4,2 milhões de vacinas AstraZeneca.

Também recebeu 250.000 doses da vacina Sinopharm da China e parte de um pedido de 500.000 doses da COVAXIN da Índia.

Com uma população de 83 milhões, o Irã esperava garantir mais de 2 milhões de vacinas até 20 de março, principalmente para vacinar os profissionais de saúde. Está desenvolvendo pelo menos quatro vacinas candidatas locais, uma em colaboração com Cuba, que devem entrar em produção em alguns meses.

Editado por Clélia Oziel

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Marco Soares

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