“O Ponto Nacional de Informação Desportiva (PNID) foi notificado da entrada em vigor de 335 interdições de recintos desportivos durante a época 2021/22, representando um aumento de 109,4% face à época 2020/2020.”
O relatório RAVid do PNID baseado na Polícia de Segurança Pública (psp) e a Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD), destaca que este é “o maior número de interdições de sempre numa única época desportiva em Portugal, alimentando a tendência crescente de aplicação destas medidas”.
De acordo com o documento, das 335 interdições que entraram em vigor na época passada, 274 foram por decisão da APCVD (81,8%) e as restantes 61 foram fixadas pelos tribunais (18,2%).
O documento, que recolhe informação junto das forças de segurança e órgãos judiciais e administrativos, dá conta de que as 335 medidas de confinamento que entraram em vigor na época desportiva 2021/22 incidiram em adeptos de cinco clubes (76,2%), nomeadamente Sporting (138) seguidos pelo Benfica (49), FC Porto (44), Sporting de Braga (13) e Vitória de Guimarães (13).
A maioria das razões para interditar recintos desportivos na época passada relacionava-se com a posse ou uso de dispositivos pirotécnicos (25), incitação à violência, racismo, xenofobia (48) e agressão (17).
De acordo com o mesmo documento, a maioria dos adeptos impedidos de entrar nos estádios e sujeitos às interdições decretadas pela APCVD são homens, sobretudo nos distritos de Lisboa (37,6%), Porto (22,3%) e Braga (12 %) viva.
Em termos de distribuição etária, 29,9% dos torcedores têm entre 16 e 20 anos, seguido de 21 a 25 anos com 29%.
A maioria das situações dizem respeito ao futebol (97,3%) e em particular às competições da I Liga, que representam 59,6% do total de suspensões.
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