LISBOA (Reuters) – O novo governo conservador de Portugal reintroduziu símbolos heráldicos que lembram a Era dos Descobrimentos no brasão oficial nacional em seu primeiro decreto na quarta-feira, que seu antecessor havia eliminado em favor de um logotipo mais “inclusivo e secular”.
Os símbolos incluem a esfera armilar, um antigo dispositivo astronómico usado pelos marinheiros, cinco escudos que simbolizam os reis muçulmanos derrotados por D. Afonso I no século XII e sete castelos que defenderam os mouros durante a Reconquista. A Península Ibérica foi reconquistada pelos mouros.
Todos aparecem na bandeira portuguesa contra um fundo vermelho e verde, e o Ministro do Gabinete, António Leitão Amaro, disse numa conferência de imprensa que os símbolos eram “essenciais para a nossa identidade, a nossa história e cultura”.
Ainda no ano passado, o governo socialista introduziu um emblema simplificado com um círculo amarelo entre um retângulo verde e um retângulo vermelho, citando o contexto moderno de inclusão e a “densidade visual” do design original que afetou a sua reprodução digital e impressões.
Enquanto alguns portugueses saudaram o regresso dos antigos símbolos nas redes sociais, outros queixaram-se de que as prioridades do governo foram mal colocadas no meio de uma crise de custo de vida.
“Suas prioridades são o passado fedorento. O progressismo e o modernismo foram abandonados. Você sabe o que nos espera, volte ao passado”, escreveu um usuário no X.
Outro comentou: “Quero que as promessas sejam cumpridas. Meu salário ainda é baixo.” REUTERS
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