“António Costa pauta-se pelos objetivos”, afirmou o responsável. “Ele está sempre em busca de soluções criativas… Mesmo que às vezes sejam criativas demais.”
Como Costarodou em torno da economia portuguesa
Quando Costa se tornou primeiro-ministro em Novembro de 2015, Portugal ainda estava a recuperar de um programa de austeridade acordado com a Troika que salvou o país da crise da dívida soberana em 2011.
Para ganhar o poder, o líder socialista prometeu reverter as medidas de austeridade impostas pelos credores de Portugal – um plano que provocou uma mistura de cepticismo e hostilidade aberta nas capitais da UE.
“Muitas pessoas pensaram que eu era outra pessoa [Yanis] Varoufakis”, disse Costa, referindo-se ao impetuoso economista de esquerda que teve um breve mas tumultuado mandato como ministro das Finanças da Grécia no início deste ano.
Costa, um mestre da realpolitik, compreendeu que se o seu governo quisesse evitar o caos na Grécia, teria de aderir às regras fiscais da UE e dissipar as dúvidas do establishment económico internacional. Fê-lo nomeando o tecnocrata Mário Centeno, um veterano do Comité Económico e Financeiro da União Europeia, como seu ministro das Finanças e adotando um tom conciliatório para com os seus colegas no Conselho Europeu.
“Foi uma dupla negociação que incluiu o diálogo com parceiros do nosso parlamento de esquerda, como o Partido Comunista, e ao mesmo tempo a negociação com Bruxelas”, disse Costa. “Nem sempre foi fácil chegar a acordos que rompessem com as políticas de austeridade a nível interno, mas que também garantissem a consolidação sustentável das nossas finanças públicas em Bruxelas.”
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