Outros seis obstetras estão pedindo demissão do sitiado departamento de obstetrícia de Santa Maria

Os problemas na unidade de obstetrícia foram descritos como uma “luta política”.

Parece que o hospital não nos quer mais aqui“. Estas foram as palavras de Luísa Pinto, antiga Diretora de Obstetrícia do Hospital de Santa Maria, que ontem se demitiu após 30 anos de serviço.

O que me manteve aqui não existe maisdisse ao Expresso, acrescentando que se o hospital realmente não quiser os seus obstetras, “É melhor irmos com dignidade“.

Este é o mais recente pedido de desculpas na disputa política que já resultou no “despedimento” de um dos obstetras mais respeitados da Europa, aparentemente simplesmente porque questionou um plano de reorganização política.

O plano, encomendado pela direção executiva do SNS (órgão relativamente novo responsável pela gestão quotidiana do deficiente serviço de saúde do país), tem sido questionado por vários especialistas, escreve o Diário de Notícias.

Desde então o serviço está sob nova gestão e aos olhos dos obstetras que partem as condições de trabalho já não são seguras (para profissionais de saúde ou utentes dos serviços de saúde).

Vários especialistas em saúde já se demitiram. Para Luísa Pinto o a última gota que quebra as costas do camelo veio quando ela voltou ao trabalho das férias de verão e “estava O acesso ao estacionamento foi negado.

“O Falhas no SNS e eu Eu não sei como isso pode ser sustentado “Quando há um serviço que está na vanguarda do ponto de vista clínico, acadêmico e científico, você o faz em equipe”, lamentou.

Questionada pela agência Lusa, fonte do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), integrado no Hospital de Santa Maria, confirmou que houve pedidos de alta, mas não quis confirmar o número de obstetras que tomaram a decisão.

“Não podemos confirmar o número e não comentamos decisões individuais tomadas pelos profissionais”, disse a fonte, sublinhando que o centro hospitalar manteve a confiança nas equipas no terreno.

Deve ser dito que os médicos insatisfeitos do departamento de obstetrícia há muito acusam a direcção do CHULN de “arrogância e autoritarismo”.

BE (bloco de esquerda) pede audição de Pizarro e dos médicos demissionários

O Bloco de Esquerda quer urgentemente esclarecimentos sobre a demissão dos seis obstetras. Para o efeito, o partido solicitou audiências aos médicos, ao ministro da saúde e à direcção do hospital no Parlamento.

Segundo o inquérito do BE, a “situação na maternidade do Hospital de Santa Maria (CHULN) deteriora-se há várias semanas.

“O anúncio do fechamento da maternidade que não foi comunicado nem coordenado com as equipes, a demissão de profissionais pela diretoria por divergências, as falsas acusações de baixa ‘produtividade’ por parte das equipes que muitas vezes trabalhavam.” “500 ou 600 As horas extraordinárias para garantir o pleno funcionamento dos serviços, a transferência forçada destes profissionais para outro hospital e a deterioração das condições assistenciais contribuíram”, prossegue o comunicado do BE.

A esquerda recorda ainda que, perante esta situação, o BE “exigiu a consulta das organizações, questionou o ministério e apelou ao PS e ao governo para que o fizessem”. senso comum E deixar o caminho de destruição em que foram colocados (…) Tudo sem sucesso. Parece que as demissões arbitrárias que destruição da tripulaçãoo encerramento da maternidade, a deterioração dos cuidados, a difamação dos profissionais de saúde, tudo isso não foi coincidência. Era intencionalmente. A Plano, apoiado pelo governo, será implementado em simultâneo com a abertura do SNS às maternidades privadas e cada vez mais nascimentos foram transferidos para eles.”

Material fonte: Lusa

Marco Soares

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