Uma investigação independente sobre agressões sexuais cometidas por clérigos católicos em Portugal recolheu até agora testemunhos de 400 pessoas
Papa Francisco abençoa os fiéis ao partir na carruagem papal em 4 de setembro na Praça de São Pedro, no Vaticano, no final de uma missa de beatificação do falecido Papa João Paulo I. (Foto: AFP)
A Igreja Católica deve mostrar “tolerância zero” a agressões sexuais por membros do clero, disse o Papa Francisco em trechos de uma entrevista a um canal de TV português transmitido no domingo.
“Está muito claro. É tolerância zero”, disse em entrevista à TVI/CNN Portugal, cujos excertos foram publicados no site do canal.
“Um padre não pode continuar sendo padre se for um agressor. Ele não pode porque está doente ou é um criminoso”, disse.
“É ultrajante porque destrói vidas”, acrescentou ele durante a entrevista em duas partes, que vai ao ar no domingo e na segunda-feira.
Um inquérito independente sobre abusos sexuais na Igreja Católica em Portugal recolheu até agora testemunhos de cerca de 400 pessoas, disse o homem que liderou o inquérito, o psiquiatra infantil Pedro Stretch.
Como resultado, 17 casos foram encaminhados ao judiciário. Os resultados da investigação são esperados até o final do ano.
“Não nego abusos”, disse o Papa. “Um único abuso seria ultrajante.”
Ele disse que espera visitar Portugal em agosto próximo para a Jornada Mundial da Juventude, um encontro de jovens católicos.
“Acho que vou. De qualquer forma, o Papa irá”, disse.
O papa levantou a possibilidade de se aposentar devido à deterioração de sua saúde.
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