Portugal participa no maior exercício da NATO “em décadas”

Questionado pelo agente da Lusa sobre a participação de Portugal no exercício de grande escala ‘Steadfast Defender 2024’ da Aliança Atlântica, que arrancou hoje, o Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA) respondeu que 20 militares do Exército serão destacados para a Polónia, durante os meses de abril. e May, “com o propósito de treinar a projeção de poder”.

Em maio, na Roménia, Portugal participará também, no âmbito deste exercício, “em atividades de formação para operações de defesa, através dos 15 militares das Forças Nacionais Destacadas no país, no reforço das capacidades e serviços de apoio ao combate”.

“Além disso, Portugal contribuiu para a condução deste exercício com um militar integrado na célula de planeamento de operações do Estado-Maior Conjunto da NATO, em Norfolk, e com elementos nomeados como membros do Estado-Maior Permanente da NATO. O Grupo Marítimo 1 (SNMG1)”, acrescenta na resposta enviada à Lusa, contava com 37 militares.

O EMGFA lembrou ainda que Portugal participa atualmente com 240 militares da Marinha, Exército e Força Aérea em diversas missões da NATO, visando a “coesão e dissuasão da Aliança no seu flanco oriental”, nomeadamente na Roménia, Bélgica, no Sul. Mar do Norte, Mar Báltico e Mediterrâneo.

A NATO iniciou hoje manobras militares em grande escala, as maiores “em décadas”, que durarão vários meses e envolverão cerca de 90 mil soldados da Aliança Atlântica.

No exercício, que se chama ‘Steadfast Defender 2024’ e durará até maio deste ano, participarão não apenas militares dos 31 países membros da organização, mas também da Suécia, que está em processo de adesão.

“A Aliança demonstrará a sua capacidade de fortalecer a zona euro-atlântica através do envio de tropas transatlânticas da América do Norte. Este reforço será realizado no âmbito de cenários de simulação de conflitos emergentes”, afirmou o Comandante Supremo das Forças Aliadas na Europa (SACEUR), general norte-americano Christopher Cavoli.

Estas manobras assumirão a forma de um cenário de conflito contra um “inimigo de dimensão comparável”, segundo a terminologia da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte, bloco de defesa ocidental), referindo-se assim à Rússia sem mencionar o seu nome.

Participarão cerca de 50 navios de guerra, 80 aeronaves e 1.100 veículos de combate de todos os tipos. Este foi o maior “jogo de guerra” desde o exercício ‘Reforger’ em 1988, em plena Guerra Fria entre a União Soviética e a Aliança Atlântica.

Chico Braga

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