Portugal quer explorar as suas reservas de lítio. Mas a que custo para o ambiente?

Covas do Barroso, uma aldeia com pouco mais de 100 habitantes, poderá tornar-se o lar da maior mina de lítio da Europa Ocidental.

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Segundo um estudo geológico dos EUA, Portugal tem as maiores reservas de lítio da Europa e a oitava maior do mundo. O portugues O governo gostaria de lembrar as pessoas deste a população, mas os especialistas alertam contra conclusões precipitadas.

“Estamos aqui a dizer que temos a quinta, a sexta, a oitava maior reserva… isso é exactamente o mesmo que nada”, diz Carlos Leal Gomes, professor da Universidade do Minho e especialista em lítio.

“Você não conhece o lugar até começar a produzir lítio.”

Projeto Covas do Barroso

Covas do Barroso é um pequeno município do norte de Portugal onde está prevista a construção de uma nova mina de lítio. É também o lar de algumas das maiores reservas de lítio do mundo.

É por isso que a empresa londrina Savannah Resources quer construir uma mina na pequena aldeia. Isto tornaria Covas do Barroso a maior mina de lítio da Europa Ocidental.

O projeto espera extrair lítio para a produção de concentrado de espodumênio, rocha dura muito procurada para baterias de automóveis.

“Produziremos cerca de 25.000 toneladas de hidróxido de lítio”, explica Dale Ferguson, CEO interino da Savannah Resources. “Isso é material suficiente para produzir baterias suficientes para cerca de 500 mil novos veículos elétricos todos os anos.”

Para o professor Carlos Leal Gomes, os números apresentados por Savannah não são comprovados.

“Como mina potencial para produção de concentrados de lítio, não tem nada de excepcional, nem em termos de número de reservas, nem em termos de minérios, especialmente os minérios que detém”, afirma Gomes.

“Os minérios não são os melhores que existem. Vai exigir muito trabalho do ponto de vista técnico e tecnológico”, acrescenta Gomes.

Segundo a Savannah Resources, a empresa gastou milhões de euros em testes e pesquisas no terreno em Covas do Barroso. Eles dizem que ao longo dos últimos 30 a 40 anos de desenvolvimento foram capazes de remover de forma fácil e eficaz o lítio da rocha.

Grandes disputas entre os moradores locais

Será certamente muito difícil para a população de Covas do Barroso aceitar o projecto. Numa aldeia com pouco mais de 100 habitantes, a maioria agricultores, todos falam sobre o enorme projeto do lítio.

Muitos moradores locais acreditam que a mina trará muitos problemas às suas vidas, más condições da água e qualidade prejudicial do ar.

A Agência Portuguesa do Ambiente emitiu no dia 31 de maio uma avaliação de impacto ambiental positiva exigindo que Savannah cumprisse determinadas condições, mas a população não está convencida.

“Não entendemos como eliminar a poluição. [Instead, it seems] Temos que destruir as florestas, destruir o ambiente, destruir os cursos de água, destruir a vida das pessoas que aqui vivem”, afirma Nelson Gomes, presidente da associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso.

Os Unidos em Defesa de Covas do Barroso dizem que a luta não acabou e promete ir a tribunal para travar esta mina.

Nicole Leitão

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