De uma pequena cidade no Brasil para a fase de calouros da URI – Rhody Today

KINGSTON, Rhode Island – 11 de maio de 2023 – Tania Silva de Oliveira é engenheira química e cientista de pesquisa analítica em uma empresa farmacêutica global com sede em Boston que desenvolve medicamentos para tratar algumas das doenças mais devastadoras do mundo.

Mas a brasileira nativa não é apenas uma assistente de pesquisa em uma empresa líder global, mas também uma mulher crente, corajosa e trabalhadora.

Com sua garra e o apoio de sua mãe Betania, avó Tania e outros familiares, ela concluiu dois bacharelado no Brasil e também deixou sua pequena cidade para estudar no exterior na URI. Depois de concluir seus estudos no Brasil, ela retornou à URI em dezembro de 2022 para obter seu doutorado em engenharia química. Seu endereço será dado abaixo início dos estudos em 19 de maio às 17h no Ryan Center.

“Vir para os Estados Unidos pela primeira vez foi uma oportunidade de crescer na vida”, disse Oliveira. “Existem oportunidades na vida que não sabemos por que aparecem, mas quando aparecem, devemos agarrá-las com as duas mãos. Durante meu intercâmbio, dei o meu melhor para tirar boas notas. Apresentei minha pesquisa da minha faculdade brasileira no MIT. Desenvolvi minha pesquisa no Laboratório de Corrosão da URI. E mantive meu foco em aprender inglês o melhor que pude.”

A mais velha de cinco filhos de uma mãe cuidadora familiar que hoje é terapeuta ocupacional e pai, João, que trabalhava em uma fábrica, ela se orgulha de suas raízes.

“Eu sabia que a única maneira de crescer na vida era por meio da educação”, disse Oliveira. “Sempre fui um aluno dedicado. Sempre tive boas notas e sempre me esforcei para entrar nas competições escolares. A vida não era fácil, não tinha dinheiro nem para comprar material escolar. No entanto, eu sonhava em ir para a faculdade. Apesar de todas as dificuldades, minha mãe sempre esteve ao meu lado e disse que faria de tudo para me ajudar a realizar meu sonho de fazer uma faculdade.”

Oliveira veio para a URI sem saber falar inglês. Nascido e agora radicado em Pirapora, no estado brasileiro de Minas Gerais Quincy, MassachusettsEla concluiu dois bacharelado, um em engenharia química e outro em ciência e tecnologia, pela Universidade Federal dos Vales de Jequitinhonha e Mucuri, Brasil.

Ela disse que sua família não tinha como levá-la para a universidade ou pagar por sua moradia. Ela credita à avó o pagamento dos ônibus que levaram ela e sua mãe à universidade, a meio dia de distância, para preencher sua inscrição.

Quando ela começou seus estudos na universidade federal, que não tem mensalidade, mas não paga moradia, ela levantava cedo todas as manhãs para pegar carona com outros alunos e chegar ao campus.

Em seu primeiro semestre, ela se saiu bem em cálculo e começou a dar aulas particulares para seus colegas por uma taxa.

“Eu precisava de dinheiro para continuar na escola até o segundo semestre, então coloquei um anúncio no mural da faculdade dizendo que daria aulas particulares de cálculo. Comecei a conseguir mais clientes e depois comecei a dar aulas particulares de outras disciplinas, mas a maioria dos alunos precisava de ajuda com cálculo”, disse ela.

Durante seus estudos no Brasil, ela soube que o governo está oferecendo bolsa de estudos para alunos que queiram estudar ciências e engenharia em outros países.

Sua mãe providenciou para que ela se inscrevesse no programa Ciência sem Fronteiras indo a uma instalação que permitia que as pessoas usassem computadores. A família não tinha computador na época.

“Eu disse que não. ‘Vamos comprar pão para todos tomarmos café da manhã’. Ela não me ouviu e me fez ir lá fazer a inscrição”, disse Oliveira. “Graças a Deus deu tudo certo.”

“Eu não sabia falar inglês na época”, disse Oliveira. “Falo português, por isso candidatei-me em Portugal. Bem, a maioria dos alunos candidataram-se para estudar em Portugal, por isso o governo disse-nos: ‘Não podemos enviar toda a gente para o mesmo país’.”

Nos EUA, ela descobriu outra oportunidade de dar-lhe uma educação em inglês.

Com a bolsa Ciência Sem Fronteiras do governo brasileiro, ela viajou para Rhode Island e se matriculou em um programa da URI. Oliveira estudou inglês por cerca de dez meses e depois se matriculou em seus cursos de engenharia química no exterior na URI no outono de 2014.

Um de seus quatro cursos no exterior foi Mecânica dos Fluidos com o professor Arijit Bose.

“Ele sempre foi muito prestativo e disposto a ajudar os alunos da maneira que podia”, disse Oliveira. “Mandei um e-mail para ele dizendo que queria me candidatar ao meu doutorado e ele olhou minhas notas. Ele me disse para tentar.

“O Dr. Bose foi realmente fundamental naquela época e me ajudou a conseguir bolsas de ensino e pesquisa na URI.”

Refletindo sobre sua decisão de frequentar a URI, ela disse: “Quando você vai para outras faculdades, não as encontra tão diversas quanto a URI. Aqui você realmente encontra o seu lugar e as pessoas te ouvem. Vindo de outro país você tem um período de adaptação, mas a URI tem esse aspecto acolhedor.”

Oliveira foi Vice-Chefe da Unidade Analítica de Engenharia da URI e Associado de Pesquisa. Ela foi autora principal de vários artigos para publicações científicas revisadas por pares. Durante seu tempo na URI, ela recebeu um certificado do Programa de Desenvolvimento de Carreira e um prêmio de viagem por participar do Segundo Congresso Pan-Americano de Nanotecnologia.

Ela já sente falta da URI. “Antes de sair, fui ao laboratório. Eu chamei de meu laboratório, olhei para a bancada do meu laboratório e comecei a chorar. Já passei por tantas coisas, conheci tantos amigos e tenho tantas memórias.”

Ela está animada com sua irmã Dalyla, que está treinando para ser fisioterapeuta e fará um estágio na URI neste verão.

“Eu disse a ela que ela realmente iria gostar e que deveria abraçar todos os aspectos. Eu disse a ela que seria um dos melhores momentos da sua vida.”

Oliveira também agradece o amor e o apoio de seu marido, Khaled Ibrahim, que conheceu quando ambos estudavam na URI. Ibrahim também obteve seu mestrado em Farmácia pela URI.

“Foi muito importante tê-lo ao meu lado”, disse ela. “Havia dias que te preocupavam, quando os experimentos não davam certo e as coisas não eram entregues como deveriam. Então você vai para casa chorando e ele sempre esteve lá, me ouvindo e me apoiando. Não consigo descrever o quão importante ele foi durante esta viagem. Uma palavra de sabedoria sempre saía de sua boca.”

Isabela Carreira

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