O governo quer controlar o lagostim vermelho

O governo aprovou um plano de ação para controlar a população de lagostins vermelhos, uma espécie invasora encontrada nos rios e riachos de Portugal Continental.

O plano de ação, adotado por decisão do Conselho de Ministros reunido na quinta-feira, “abrange todas as águas de Portugal Continental onde a espécie ocorre” e aplica-se anualmente de 1 de janeiro a 31 de dezembro, “excluindo os períodos de defeso”, dependendo dos assuntos comunicados. Lusa do Ministério do Ambiente e Proteção do Clima.

O documento, que entrará em vigor no dia seguinte à sua publicação em Diário da República, obriga à captura da espécie como “método de controlo e contenção” da sua população, bem como à identificação de “áreas sensíveis para algumas espécies”. de plantas ou animais de espécies autóctones, onde será necessário reduzir a abundância desta espécie de crustáceo.

De acordo com o plano, que visa “cumprir a legislação comunitária e nacional sobre a matéria”, a população do cancro vermelho luisiano “deve ser mantida a um nível de controlo que minimize os danos que provoca, mas que permita ainda os seus efeitos benéficos”. uma presa importante na dieta da fauna nativa’.

Diante da impossibilidade de erradicar o lagostim vermelho, o governo decidiu prosseguir com um plano de controle que se estende a outras espécies exóticas invasoras de crustáceos que “ocorrem em águas continentais”, como o lagostim e o caranguejo peludo chinês.

Nativo do nordeste do México e do centro e sul dos Estados Unidos, o lagostim vermelho é uma espécie invasora em território europeu e foi introduzido para isca de pesca, aquicultura ou consumo, segundo informações publicadas no site. Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.

Em Portugal, a espécie emergiu de Espanha em 1979 e distribui-se por pelo menos 11 bacias hidrográficas: os rios Douro, Leça, Vouga, Mondego, Lis, Tejo, Sado e Mira, e os rios Oeste, Algarve e Guadiana.

Os lagostins Rotluis, com até 15 centímetros de comprimento, comem plantas, detritos, moluscos, insetos, vermes, larvas e girinos e servem de alimento para lontras e cegonhas-brancas. É “uma grande escavadeira” que pode causar “danos em leitos de rios, diques de terra e barragens, bem como em plantações, principalmente de arroz”.

Originário da Ásia Oriental, o caranguejo-peludo-chinês, “muito valorizado gastronomicamente”, terá chegado a Portugal no lastro de um navio, espalhado pelas bacias hidrográficas do Tejo e do Minho, descreve a Ciência Viva.

Os lagostins são mencionados pelo Museu Nacional de História Natural e Ciência junto com os lagostins de patas vermelhas como as espécies de lagostins que contribuíram em parte para o desaparecimento dos lagostins de patas brancas nativos. de Portugal.

Alberta Gonçalves

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