Saída da crise económica pode demorar mais do que o esperado, Presidente português – EURACTIV.com

A saída da crise económica pode demorar um pouco mais do que o previsto, disse esta quarta-feira o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, acrescentando que vê os números do desemprego como um sinal de lentidão da evolução internacional.

Questionado sobre os números do desemprego – que se situam nos 7,1% segundo dados mensais do Instituto Nacional de Estatística (INE), sendo janeiro o terceiro mês consecutivo em que se regista um aumento. Rebelo de Sousa disse que estas datas são uma “bandeira vermelha”.

Em declarações aos jornalistas na Feira de Turismo de Lisboa (BTL), Rebelo de Sousa acrescentou que o aumento do desemprego é um sinal “que os desenvolvimentos internacionais são lentosque a guerra está acontecendo, que a inflação ainda está alta em muitos países, que a economia global não se recuperou.

“Mesmo grandes potências europeias como a Alemanha estão fazendo um progresso lento e porque é um mundo aberto tem um impacto”, disse ele.

“Então eu diria sempre com cautela que a saída do período de crise – que vem do passado, a pandemia agravou e a guerra agravou também, tem muitos fatores – é uma saída que pode demorar um pouco mais. do que alguns esperavam”, disse ele.

Apesar disso, Marcelo Rebelo de Sousa considera uma “boa notícia” o facto de a economia portuguesa ter crescido 6,7% do “Produto Interno Bruto” em 2022.

“Agora já sabemos que esse crescimento não é possível em 2023 e, portanto, veremos exatamente como a economia se desenvolverá. Você sabe como eu sou: não sou nem dos pessimistas nem dos otimistas raivosos e é por isso que gosto de estar em uma posição muito calma e muito realista e intermediária”, disse ele.

Questionado se acha que a autoridade da concorrência deveria ficar de olho nos preços, já que a inflação dos alimentos subiu e chegou a 20%, Rebelo de Sousa disse: “Claro, claro”.

“Portugal está na moda: foi 2019, resistiu à pandemia – duro, 2020, 2021 – 2021, quando viramos para 2022 foi subida, subida, subida. 2022 bateu os recordes de 2019 e este ano vamos bater 2022”, acrescentou.

(Tiago Almeida | Lusa.pt)

Alberta Gonçalves

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